Há 3 versões em vídeo para "Take on me":a primeira, jamais mostrada ao público, é aquela das mulheres semi- nuas que os cercariam enquanto eles tocavam. Depois que uma delas se despiu totalmente e esfregou os peitos na cara de Morten, a coisa teve que ser refeita e esta versão foi realmente cancelada. A segunda tentativa é conhecida por
"Blue version" e foi exibida pela TV norueguesa. Chama-se assim porque tem o cenário azul, sem desenhos, somente com os 3 tocando. Data de 1984. Por fim, a versão que todos temos, que o mundo viu e figura até hoje entre os 10 melhores vídeos de todos os tempos.
Com 6.000 desenhos em cryon e o segundo vídeo mais caro da história da música: US$ 500.000, "Take on me" chegou num momento em que os vídeos estavam saturados pelas cores. Aconteceu em preto e branco, em animação de uma história de amor de um casal em que o namorado é perseguido pelos rivais após vencer uma corrida de moto. A realidade é misturada com a ficção a partir do momento em que a moça – Bunty Bailey e ex-namorada de Morten na vida real – está lendo a revista que contém a história. Num lance surreal, Morten a puxa para dentro da revista e faz com que ela participe da história literalmente! Ela só retorna à realidade quando Morten, encurralado, pede a ela que saia dali. Ela volta para o café onde se encontrava antes, sendo observada com curiosidade pelas pessoas em volta. Mas está mesmo preocupada em saber do seu novo amor. Bunty folheia a revista e ao fim acha Morten desacordado e pensa no pior enquanto ele, misto de desenho e homem real, vem para ficar com ela, fechando o vídeo e a história da revista, que, ao ser arremessada para que a câmara a capte, traz os A-Ha na capa.
"Take on me", avançado para a época, foi tão criativo quanto inovador, tão simples quanto fascinante. Dirigido por Steve Barron ganhou, juntamente com os A-Ha, seis prémios da MTV em 1986. Passados 20 anos, continua sendo um dos vídeos mais copiados do mundo, está sempre nas listas dos 100 melhores vídeos de todos os tempos de emissoras de TV e revistas conceituadas como a CNN, BBC , VH1, MTV e a Billboard.