Há palavras que tem vida própria, tem alma, personalidade...
Palavras que de tão densas, de tão imensas, podem ser tocadas...
E a mais linda é: amor.
Amor que não descansa, porque há quem, preocupado com alguém, não dorme...
Amor que abraça e aquece...
Amor que ocupa espaços, antes frios e vazios...
Amor que alimenta fomes julgadas implacáveis...
Amor que acorda com um sorriso...
E dorme com uma prece.
Amor que aponta um rumo mais bonito...
Amor que nos sela com o infinito.
Mais que letras juntas, mais que um grupo de sons, mais que uma classe da gramática...
Amor respira.
Transpira.
Nos vira e revira.
Atormenta e nos reinventa.
Amor sangra...
Amor chora...
Amor cria. 
Amor nos desafia.
É o universo rasgado, exposto, desmascarado...
Existindo tudo e todos em simples poesia.
Amor não é mera palavra...
É a voz de Deus.
É Dele, o mover ...
É o silêncio divino. Fervente, explosivo...gritante.
Dentro de tudo que há...
Do qual brota todo benfazer.
Que se não gritado, engasga...
Se não espalhado, nos consome.
Que se não sentido e vivido, até às últimas consequências...
Mata.