O tempo foi passando, a vida foi escurecendo...
Foi perdendo o brilho sem teu amor...
E a solidão, minha companheira, voltou...
A invadir todo meu espaço no qual vivo
Sangrando a minh’alma e todo meu ser...
Veio como uma avalanche destruindo
Este meu eterno querer que só me faz sofrer...
Sobrevivo a cada novo amanhecer...
Procurando dentro de mim um alvorecer...
Somente com a esperança de um dia ter você...
Para trazer-me o sorriso novamente ao meu viver...
Fazendo-me esquecer este maldito sofrimento
Da solidão que como erva daninha brota
Afligindo como um verdadeiro tormento...
É madrugada a noite vai se esvaindo aos poucos...
Olho a lua que agora se tornou azul...
Também a sinto solitária lá no firmamento...
Eu a observá-la e ela a mim...
Talvez sinta pena por eu sofrer assim...
Falo com ela, conto meus segredos, mas fica calada...
Também penso como irá me responder?
Se já tem em seu destino um belo resplandecer
Alumiando as noites quase como num sorriso...
Então me isolo dentro do meu ser...
Oh! Solidão que amargura meu coração?
Porque me entristece? Porque me contata?
Porque me deixas tão angustiada
Sem nada de meu amor saber?