Em noites tempestuosas sinto sua ausência,
vendaval se levanta sobre minha cabeça,
abismo proceloso em minha porta, agonia
vinda dos céus estremece tudo sem pressa.
Medrosa abro o velho alfarrábio, palavra
não encontro, redemoinho no peito ronda
e a verdade, deixa de vir a tona, faca lavra
pouco a pouco a alma, o medo arde, sonda.
No aposento mudo há pouca claridade,
choro apaixonada, os dois abraçados
martelam na mente, sei, estou sozinha!
Perdi meu sol em calma muda, animosidade
brotou, mentira vedou os olhos, casados
os encontrei, minha alma aos poucos definha!
desconheço o autor