tuas pegadas em meu corpo,
meu caminho no teu passo.
Queria meu andar sem rumo
pelas ruas do teu peito disperso;
queria teu caminhar deserto
unindo-nos as vidas, num laço.
Queria o verso que tua boca derrama
atado ao meu reverso em descompasso;
queria tua letra, teu punho, teu traço,
queria a tua poesia, que me inflama.
Queria prender-te em meu regaço,
teu peito colado a minha vida;
queria-te no vão dos meus braços,
teu andar contradizendo a tua partida.
Queria teu caminho no meu passo,
maldizendo o interstício,
bendizendo o entrelaço;
queria as minhas pegadas em teu corpo,
queria teu abraço.
cartas de Elise