Elvis: uma breve biografia


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Apesar da trágica morte de Elvis, seu legado é incomparável. Ele é o único artista a integrar os três Halls da Fama, o de rock, gospel e country, e é o maior vendedor de discos da História


Elvis Aaron Presley nasceu na pequena cidade de Tupelo, no Mississipi, sul dos Estados Unidos, no dia 8 de janeiro de 1935. Depois ele se mudou para Memphis, onde teve contato com suas principais influências musicais – pop, country, gospel e r&b. Suas primeiras gravações foram em 1954, com o produtor Sam Phillips, na gravadora Sun Records. Suas baladas, no entanto, não o impressionaram de imediato, já que Phillips procurava um branco que cantasse música influenciada pelos negros. Mas bastou Elvis, de brincadeira, fazer uma versão para That’s All Right, do bluesman Arthur Crudups, para que seu contrato fosse assinado.
O sucesso da gravação chamou a atenção da RCA, que o contratou no final de 55. Com o lançamento da música Hound Dog, em 56, Elvis consolidava o rock como a música do momento. O disco que trazia a música, chamado apenas Elvis Presley, foi o primeiro colocado das paradas por dez semanas e o maior vendedor de sua época. Ídolo entre os jovens, Elvis era criticado pelos pais e pelos mais conservadores, que o consideravam obsceno, um perigo para a nova geração.
Em 58, Elvis foi convocado para o exército. Ao voltar, em 60, lançou o disco Elvis is Back, que mostrava o cantor mais amadurecido. O repertório acompanhou esse amadurecimento, não trazendo apenas rock, mas gospel e r&b.
No início dos anos 60, Elvis iniciou sua incursão pelo mundo do cinema. O distanciamento do público e a invasão britânica (Beatles, Rolling Stones e outros) foram alguns dos motivos que levaram a uma diminuição no interesse por sua obra.
Mas em 68, graças a um especial de TV, o cantor voltava a seus áureos tempos. Como na época em que voltou do exército, Elvis in Memphis, de 69, trazia variados estilo musicais e sucessos como In The Ghetto e Suspicious Minds. Em 1969 iniciava-se a era Las Vegas, com diversas apresentações bem-sucedidas nos cassinos daquela cidade e por todos os Estados Unidos. Vale ressaltar que, afora um show no Canadá no começo da carreira, Elvis nunca se apresentou fora de seu país.
Em janeiro de 73, Elvis mais uma vez fez história, ao ter o especial “Aloha from Hawaii” televisionado para mais de um bilhão de pessoas em 40 países. Embora ainda excursionasse pelos Estados Unidos durante os anos 70, o interesse por Elvis mais uma vez se esfriou. Seu repertório passou a ser composto basicamente de baladas, que retratavam o momento difícil de sua vida, principalmente por causa da separação com Priscilla Presley, em 73.
O consumo de drogas e o isolamento em sua casa, Graceland, fizeram Elvis engordar e enfrentar sérios problemas de saúde, que levaram à sua morte, em 16 de agosto de 77. Apesar do fim trágico, o legado de Elvis é incomparável. Ele foi o único a integrar os três Halls da Fama, o de rock, gospel e country. Cento e quarenta de seus álbuns e singles foram contemplados com discos de ouro, platina e platina múltipla, marca nunca atingida por nenhum outro artista. Ele detém o recorde de canções no Top Ten americano e é o artista com mais discos vendidos na história.
Mas o maior êxito comercial de Elvis só aconteceu 25 anos após sua morte. A coletânea Elvis 30 #1 Hits foi o vendedor mais rápido de sua careira, atingindo a marca de nove milhões de cópias vendidas em apenas alguns meses. O álbum foi o número 1 em 26 países, sucesso repetido pelo remix de A Little Less Conversation, feito pelo DJ JXL, que ganhou projeção principalmente por ser a trilha de um comercial da Nike, durante a Copa do Mundo de 2002 no Japão e na Coréia.
Agora, com o lançamento de Elvis 2nd to None, a tendência é a história se repetir. Afinal, quem é rei nunca perde a majestade. E Elvis será sempre o Rei do Rock.