Vivo na espreita,
Buscando um caminho nesta caverna escura...
Que me consome aos poucos...
Retira...
A liberdade poética...
Umedece meu papel...
Pinga na alma...
Me quebra a ponta...
Me decifro em códigos que só eu posso entender...
Me ajudo e bato as asas da imaginação...
E caio...sobre uma folha de papel;
Folha manchada e sedenta...
Fico grudado em suas palavras...
Estúpidas palavras;
Me impede de voar...
Com esforço me olho e digo...
Sou um Cavaleiro das Trevas...
Um cego...
Um poeta-vampiro...
Vago pelo tempo que me resta para escrever...
Em poucos minutos a luz sugará minhas energias...
Não sairei mais pelos longinquos caminhos que tracei...
Estarei acordado...