A Bíblia narra diversas situações em que servos de Deus oraram:
No ventre de um grande peixe, em alto mar... Jonas 2.1.
Num terraço... Atos 10.9
Voltado para uma parede 2Reis 20.2
Na prisão... Atos 16.25
Sentados nas areias do deserto... Génesis 21.16
Na montanha... Marcos 6.46
De joelhos na praia... Actos 21.5, etc...
Devemos estar preparados para que de uma forma prática oremos logo que necessário, face ao inesperado. (Isaías 37.14-15)
A oração não pode ser plenamente eficaz se o nosso espírito
não estiver totalmente liberto de assuntos que o possam perturbar.
Para isto devemos contar com uma força poderosa que podemos
desenvolver e que falta a muita gente; A VONTADE.
A vontade rege tanto o coração como a mente;
e era bom que tudo em nós fosse regido pela vontade.
Querer, ter vontade e operar, desenvolve ação;
enquanto que os simples desejos são inativos.
A vontade deve reger também as nossas orações.
Se orarmos usando esta força poderosa,
o pensamento não fica erradio e fixamo-lo no ponto onde queremos.
Muitas orações são simples expressões de desejos emitidos diariamente,
sem haver uma vontade firme.
Não conseguimos encontrar respostas para os nossos pedidos
porque não definimos aquilo que queremos.
Os pedidos são vagos e limitamo-nos a repetições
sem haver uma oração específica.
Costumamos dizer:
Senhor abençoa-me, Senhor dá-nos uma bênção;
mas não especificamos o que queremos realmente receber.
Jesus perguntava às pessoas:
O que queres que te faça?
E ele sabia bem o que eles queriam.
Mas queria ouvir das suas bocas o seu pedido expresso.
A falta de imaginação pode ser outra das dificuldades que encontramos.
Uma imaginação santificada é um dom de Deus para ver o invisível por um esforço da mente.
A Posse antecipada da Benção.
"A posse da benção do milagre antecipada
constitui-se em unir três forças operantes da FÉ.
Acreditar no inacreditável, imaginar o inimaginável
e descrever o indescritível!"
A oração é um barómetro que mostra a nossa condição espiritual.
Senão temos tendência natural para a oração, é porque o nosso espírito está enfermo.
Depois de tudo o que foi exposto é possível criar uma anatomia para a oração.
Primeiro vejamos a sua mecânica:
A oração funciona duma maneira muito precisa, sendo o desejo a mola impulsionadora, a fé o suporte e a resposta uma consequência natural.
Se tudo isto funcionar, então poderemos dizer que estamos orando convenientemente (2Crónicas 33.12-13)
Em relação à resposta deveremos ter em conta determinados fatores, para não ficarmos confundidos.
Deus responde de maneira multiforme às nossas orações:
Temos respostas diretas e imediatas (2Crónicas 7.1; Génesis 25.21).
Temos respostas diferentes do previsto. (2Crónicas 12.7-9).
Quantas vezes Deus atua em nosso proveito de maneiras imprevistas.
Alguém disse: Pedimos força, e Deus envia-nos dificuldades que nos tornam fortes; pedimos prosperidade, e Deus concede-nos capacidade intelectual e disposição de trabalho proveitoso; pedimos coragem, e Deus expõe-nos ao perigo a fim de vencermos; pedimos favores, e Deus concede-nos oportunidades.
Temos também respostas demoradas (Lucas 18.1-7)
Tardar não é negar.
Por vezes Deus é tardio em responder, para nos provar, ou para nos preparar para a resposta. (Romanos 12.12). Perseverança é a palavra de ordem.
Mesmo que não recebamos exatamente e no tempo desejado o que pedimos, devemos crer que o Senhor nos ouve e sabe o que é melhor pra nós.
E embora nos possa parecer paradoxal, às vezes também temos recusas.
(Jonas 4.1-11)
Pedimos coisas inoportunas e descabidas; e Deus, como bom Pai que é, recusa esses nossos pedidos. (Tiago 4.3)
Somos tão falíveis e curtos de vista, que muitas vezes pedimos coisas erradas.
Outro componente que não deve faltar na oração é a ação de graças. Às vezes pedimos, pedimos muito e esquecemo-nos de agradecer. (Filipenses 4.6)
Continua...