![](http://i226.photobucket.com/albums/dd155/cotinhaa/barraest4.gif)
![](http://i255.photobucket.com/albums/hh132/oriza_2007/sem-palavras/11anasi29.gif)
![](http://i226.photobucket.com/albums/dd155/cotinhaa/barraest4.gif)
![](http://www.orizamartins.com/piscapisca.gif)
![](http://www.orizamartins.com/piscapisca.gif)
![](http://www.orizamartins.com/piscapisca.gif)
Chove. Há silêncio, porque a mesma chuva
Não faz ruído senão com sossego.
Chove. O céu dorme.
Quando a alma é viúva
Do que não sabe, o sentimento é cego.
Chove. Meu ser (quem sou) renego...
Tão calma é a chuva que se solta no ar
(Nem parece de nuvens) que parece
Que não é chuva, mas um sussurrar
Que de si mesmo, ao sussurrar, se esquece.
Chove. Nada apetece...
Não paira vento, não há céu que eu sinta.
Chove longínqua e indistintamente,
Como uma coisa certa que nos minta,
Como um grande desejo que nos mente.
Chove. Nada em mim sente...
Não faz ruído senão com sossego.
Chove. O céu dorme.
Quando a alma é viúva
Do que não sabe, o sentimento é cego.
Chove. Meu ser (quem sou) renego...
Tão calma é a chuva que se solta no ar
(Nem parece de nuvens) que parece
Que não é chuva, mas um sussurrar
Que de si mesmo, ao sussurrar, se esquece.
Chove. Nada apetece...
Não paira vento, não há céu que eu sinta.
Chove longínqua e indistintamente,
Como uma coisa certa que nos minta,
Como um grande desejo que nos mente.
Chove. Nada em mim sente...
![](http://www.orizamartins.com/piscapisca.gif)
Fernando Pessoa
![](http://www.orizamartins.com/piscapisca.gif)