Havia esquecido de mim algum tempo, pois  ao escrever era a minha forma de ignorar a vida e a música uma forma de  embalar  meus momentos.
Ao decorrer dos meus 20 e poucos anos tenho muitas histórias para contar algumas vividas e outras observadas da janela da vida. No meu caminho conforme a imagem,encontrei muita gente e agora passo sozinha.
Estou um pouco ansiosa pra ver quem será a próxima pessoa nesse meu encontro. Eu vim com um propósito diferente, de passar pelas pessoas e falar o que elas precisam,curá-las de um certa dor e depois do meu trabalho pronto prosseguir.
Ao prosseguir já exigi que muitos viessem comigo, pois já tinha me apegado, mas o meu caminho não era o mesmo  deles (as), então com lágrimas sempre tive que me despedir...
Se tivesse que resumir minha vida seria com a palavra ADEUS, mas adeus sempre? Sim! Na maioria das vezes sim!
Por qual motivo?
Estou ainda procurando entender.
"você é muito legal, vai encontrar sua felicidade,mas..."
Já memorizei e estou ciente que sempre serei uma excelente amiga e protetora pra todos os momentos. Chego a conclusão que tenho sina de encontrar dores de amores espalhados por este mundo que não se permitem  ou está esperando que o seu passado volte.E eu ? pois é realmente entrei sem querer numa vida que não me pertencia.
Erro meu? Erro de alguém? Não!
Minha história está escrita...era para ter acontecido, porém não sobrevivido.
Vou andando conforme o compasso de minhas músicas, mas prometo que daqui pra frente quem eu encontrar com dores continuarei ajudando, mas não  envolverei meu coração... pois não adianta realmente correr atrás das borboletas elas sempre voam.

E eu estou cansando de admira-las!!!!!


Érica Locutora

CANÇÃO DE OUTONO

Perdoa-me, folha seca,
não posso cuidar de ti.
Vim para amar neste mundo,
e até do amor me perdi.

De que serviu tecer flores
pelas areias do chão,
se havia gente dormindo
sobre o própro coração?

E não pude levantá-la!
Choro pelo que não fiz.
E pela minha fraqueza
é que sou triste e infeliz.
Perdoa-me, folha seca!
Meus olhos sem força estão
velando e rogando áqueles
que não se levantarão...

Tu és a folha de outono
voante pelo jardim.
Deixo-te a minha saudade
- a melhor parte de mim.
Certa de que tudo é vão.
Que tudo é menos que o vento,
menos que as folhas do chão...