- Amiga, me diz, por favor que não é o Samuel.
- Sim, é ele - me disse ela, me olhando.
Continuo passando, olhando para frente, com a esperança dele não me reconhecer, coisa que foi em vão. Ele me viu, e pediu que eu fosse cumprimenta-lo. Fui. Chegando próxima a ele, falamos das saudades sentidas um pelo outro, até que começou um dialogo assim:
- Porque você pediu meu nome completo. [diz ele]
- Porque eu precisei para mandar escrever seu convite pro meu aniversário de 15 anos.
Com isso, ele olha pra mim, solta um sorriso leve e diz:
- Então preciso agora te comprar um presente. O que você gostaria que eu te desse?
- Não sei o que gostaria de ganhar. - disse enquanto o olhava.
- Serve um namorado? - diz ele sorrindo.
- Seria um ótimo presente/seria uma ótima idéia [não lembro qual dos dois termos que usei].
Com isso, eu já estava com o coração na mão, imaginando milhões de respostas, olhando para ele, como se fosse a última pessoa do mundo, claro, mesmo não sendo a última é uma das mais importantes. Olhava para ele fixamente, escondendo um sorriso. Foi quando ele me disse.
- Então vou me embrulhar e chegar no seu aniversário pra você. Perguntar para o Dedé se posso.
Depois dessas palavras por um segundo eu não enxergava nada, a voz dele começou a ecoar na minha cabeça e a unica coisa que consegui dizer foi:
- Isso mesmo, continue a me iludir.
Ele vira para mim e diz, como se fosse a coisa mais natural e simples do mundo.
- Você sabe que eu não namoro com você, devido a sua idade.
Foram as palavras mais lindas e mais doloridas que eu poderia ter ouvido de alguém, alguém que se é tão apaixonada, alguém como o Samuel.
Depois disso, rolaram mais alguns papos, mas nada foi como o que ele me disse, nada foi tão lindo e tão doloroso. Claro, porque ele disse que me quer, mas, a minha idade não me faz ter ele, e isso é torturante. Eu estou, perdidamente apaixonada por ele.