Alguns comparam nossa vida com um livro,
mas não concordo muito com essa comparação.
Livros podem ter folhas arrancadas
e frases rasuradas.
A vida não nos da essa oportunidade.
Alguns aspectos claro são muito parecidos,
mas aos olhos dos outros.
Sou mais a ideia de que nossa vida
é como uma mina,
e que cada pessoa que conhecemos,
tem a escolha de garimpá-la ou não.
É simples observar as semelhanças.
Exploramos a mina da vida,
de acordo com o que desejamos reter desta pessoa,
e investimos nisso,
o suficiente para suprir nossas expectativas,
suficiente este,
que às vezes parece não ser o bastante para os outros.
Num estagio mais avançado,
escolhemos se vamos ou não prosseguir
nesta caminhada.Nem sempre há o retorno esperado
e quando tudo isso acaba,
ficamos cedentes de reparos.
Cicatrizes enormes nos ferem
como impactos ambientais
de longa escala.
Reparos têm que ser feitos,
e ali ficamos,
ao mercê de novos garimpadores,
mesmo sabendo que estes,
também podem tirar tudo de bom que ainda resta,
e depois disso,
nos deixe novamente.