No samba do nosso amor!!!
Quando meus anos ainda eram verdes e poucas mãos
Eram necessárias para contá-los, eu menino.
Nos bailes da vida, sem medo nem desatino,
Dançando com a própria vida, em forma de canção.
Ouvindo esse samba pensei: Porque não?
Convidar meu amorzinho para sambar.
Será que ainda tenho no pé o samba, o balançar?
A batida do surdo no mesmo ritmo do coração?
Minha menininha, sem medo com sua saia rodada.
Entrou na roda e num balanço de se admirar,
Sambou ao meu lado, graciosa como se soubesse flutuar,
Suada, sensual, os cabelos soltos a pele colada.
O sol ainda tão longe de aparecer
E a lua feito um pandeiro sem platinelas .
Foi nossa aquela noite, tão linda tão bela,
Que clamei pra lua nao deixar amanhecer.
Mas como toda noite termina, feito a felicidade.
Como toda vida morre nos braços do sonho,
Ela se foi e com ela meu olhar risonho,
No ritmo do samba no batuque da saudade.
Josué Basílio Oliveira
(15/11/08)
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