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A Salvação - Parte 6


A Fé

"Como a descrença era preeminente do pecado do primeiro Adão assim também a fé é preeminente da redenção pelo segundo Adão. A fé é interligada com cada ação e condição da salvação. É pela fé que os homens entram numa união vital com Cristo, pela fé que são justificados, pela fé que adoram corretamente, pela fé vive o cristão, pela fé que a sua santificação progride e, pela fé ser o meio de vencer o mundo e de ter a esperança no futuro, ela é o meio pelo qual o Cristão torna mais e mais identificado com Cristo no seu reino espiritual agora e no porvir " .

A fé é crença e confiança. É crença pois crê em fatos e em declarações ou a sinceridade de uma pessoa. É confiança pois confia na veracidade do fato, da declaração ou da pessoa. A crença está num fato, numa declaração ou numa pessoa, mas, a confiança evidencia-se em tomar digno aquele fato, declaração ou pessoa como base das ações. O fruto do Espírito Santo que é a fé faz que cremos em Deus por Cristo e confiamos na sua palavra ao ponto que obedecemos ela.

Como tudo o que se diz evangélico não é da verdade, também toda e qualquer fé não é a verdadeira. Existem imitações da fé verdadeira. Existe muita fé falsa. Há os que têm a sua fé em espíritos, em idolatria, em filosofias, em sinais, em emoções, em coincidências, na astrologia, etc. A fé verdadeira porém é dom de Deus (Efés. 2:8,9), pelo Espírito Santo (Gal. 5:22) e é única (Efés. 4:5). As imitações da fé verdadeira incluem a fé histórica, a fé intelectual, a fé implícita , e a fé temporária. Para melhorar nosso entendimento desse fruto do Espírito Santo queremos examinar um pouquinho as imitações da fé verdadeira.

A fé histórica é uma simples crença que existiu um homem chamado Cristo no passado. Os demônios crêem em Deus, sabem que ele existiu e existe, mas esta crença não é salvadora (Tiago 2:19) pois não tem confiança nos fatos. Em Atos 8:13-24 temos o caso de Simão, o mágico. Ele creu e foi batizado, mas, com tempo, revelou que não tinha "parte nem sorte nesta palavra" pois o seu coração não era reto diante de Deus. O mesmo pode ser dito der Judas. Um soldado presente na hora da crucificação de Cristo foi empolgado pelos fatos históricos e declarou: "que verdadeiramente este era Filho de Deus" (Mat. 27:54). Esta poderia ser uma declaração baseada somente na fé histórica. Há muitos hoje também que aceitem Cristo como uma pessoa boa na história mas devemos entender que este tipo de fé não tem valor salvador.

A fé intelectual é parecida com a fé histórica e com a fé verdadeira. A fé intelectual reconhece que os fatos bíblicos são verdadeiros. A fé intelectual não tem dúvida que Cristo nasceu de uma virgem, era o Filho de Deus, morreu no lugar dos pecadores, ressuscitou, foi ao céu e voltará novamente à terra pois a bíblia manifesta estes fatos e tudo é lógico. As multidões clamava na ocasião da entrada de Cristo em Jerusalém: "Hosana ao filho de Davi; bendito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas!" (Mat. 21:1-11). Porém, quando foi crucificado Cristo "todo o povo" disse: "o seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos." (Mat. 27:25). Aparentemente a fé da multidão era uma crença intelectual somente, pois, se fosse uma fé verdadeira confiariam em Cristo para a salvação e não pensariam que Ele fosse digna de crucificação. A mesma coisa pode ser dita dos muitos dos judeus que creram nEle em Jerusalém. Tinham uma fé que gostou das palavras de Cristo mas não no significado delas, pois, quando entenderam o que ele quis dizer "pegaram pedras para lhe atirarem" (João 8:30-59). Na hora de Jesus curar, saíam muitos demônios que clamavam: "Tu és o Cristo, o Filho de Deus." (Luc. 4:41). Porém, apesar da declaração e crença, não foram convertidos estes. É manifestado que eles tinham somente um reconhecimento intelectual e não uma fé verdadeira.

A fé implícita é definida melhor pelo ditado, "fé na fé". A fé implícita crê simplesmente para crer. É de crer em algo sem prova nenhuma. Os católicos dizem que a fé deve ser na igreja, ou melhor, simplesmente crer nas suas doutrinas pela autoridade dela mesma e não por causa do reconhecimento de nenhuma verdade (Boyce, p. 389). Seria a mesma coisa dos evangélicos dizerem: "crê na Bíblia somente para a salvação" sem primeiramente ensinar o que ela diz. O cristão verdadeiro não crê em Cristo simplesmente por crer nEle, mas, por Ele ser revelado ao seu coração pelo Espírito Santo e assim, confia na Sua obra, segundo as Escrituras, como tudo suficiente para o tornar aceitável diante de Deus.

A fé temporária é uma fé enganosa. Essa fé recebe intelectual e alegremente os fatos históricos da verdade. Essa fé entendemos pela parábola do semeador (Mar 4:1-20). É simbolizada pela semente que caiu sobre pedregais (Mar 4:5, 16, 18). A parábola nos ensina que a terra não era boa. Isto quer dizer que este não caiu em um coração regenerado. Com tempo é entendida que essa fé era falsa por ser temporária. Essa fé enganosa é evidenciada por não continuar a confiar em Cristo nem ter uma crescente devoção e serviço a Ele. A fé temporária é manifesta como falsa por não crescer na graça e conhecimento de Cristo. O amor da Palavra de Deus, e a responsabilidade de ouvir Ela pregada e obedece-la logo torna cansativo para os com essa fé traiçoeira. O amor do povo de Deus e a santidade de Deus que pede uma crescente distância do pecado não é uma realidade nos que conhecem apenas essa fé pérfida.

Próximo estudo : A FÉ VERDADEIRA.

Que Deus abençoe a todos.







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