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LOUCO
Se um dia me vires chorar
E as lágrimas a rolar
Provocarem uma interrogação,
Simplesmente me observe
E a resposta que te serve
Acate como solução.
Se um dia me vires chorar
Tentando disfarçar
A umidade do meu rosto,
Não tentes entender
Nem os punhos da verdade ver
Oprimida no meu desgosto.
Se um dia me vires chorar
E o teu “eu te amo” não bastar
Pra que te diga por que choro,
Não me atire tua revolta
Não use truques como escolta
Se fizeres prometo que ignoro.
Se um dia me vires chorar
E o choro se desmanchar
Numa doida gargalhada,
Não te espantes, não te assustes,
E o porquê não busques
Desta face tresloucada.
Se um dia me vires chorar
E depois em vão gritar
Palavras inauditas,
É a minha desolação maldita
Que explode sem medida
Desta alma tão ferida.
Se um dia me vires chorar
Não te envolvas nos meus ais,
Diga que não me amas mais,
Diga o que quiseres dizer,
Não te fies nesta ilusão danosa.
Tente fugir, pode se debater,
És presa na minha mão poderosa.
Se um dia me vires chorar,
De palhaço podes me chamar,
Estúpido portador de covardia,
Grite “cretino” num grunhido rouco
E aí me chame de louco.
Você chegou onde eu queria!
Louco, foi o que escutei.
Louco, ouvi e calei,
Porque louco me desenhei.
Louco, com essa palavra vieram,
Louco, louco, louco, me disseram
Quando eu disse que te amei!
Josué Basílio Oliveira
26 de junho de 2008
22.28h
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JOSUÉ... UM AMIGO DE PLANTÃO
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