Antigas poesias
Procurei entre centenas de poesias,
guardadas no baú do passado,
a que pudesse, agora, refletir meu coração.
Impossível.
A poesia é parte de mim,
mas que agora, feito retrato antigo,
me causa estranheza.
Ao mesmo tempo que me reconheço nelas,
constato o quanto, hoje, estou diferente.
A ingenuidade deu lugar à maturidade,
a credibilidade infantil, à cautela protetora,
mas ainda levo os traços da menina que fui
e desejo ser enquanto viver.
Em cada marca deixada pelo tempo,
agradeço meu crescimento como pessoa.
Beijo, então, a antiga poesia
e, com ternura, a devolvo
ao baú dos meus tesouros,
carta de amor que deixa saudades,
jóia preciosa que não se pode vender
nem, tampouco, usar.
Momentos somente meus que,
embora não deseje reviver,
tanto contribuíram
para que hoje eu seja o que sou.
Sem cobranças, saudades ou tristeza,
fecho aquele pequeno esquife,
e o envolvo em laço dourado.
Novas poesias surgirão, ou não.
Não importa.
Meu coração está aprendendo
a fazer da vida a mais bela poesia
que jamais saberia escrever.
Lídia Sirena Vandresen
04.06.2012
A vida é como um espelho:
se você sorri para o espelho, ele sorri de volta.
A atitude que eu tome perante a vida é a mesma
que a vida vai tomar perante mim.
"Quem quer ser amado, ame"( Mahatma Gandhi)
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