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Mãe, o teu amor!
Teu amor eu senti na xícara de café com leite quentinho,
No biscoito caseiro com sabor de carinho,
Nas mãos da guerreira que amassa o pão gostoso
Antes mesmo que se desperte o sol preguiçoso.
Teu amor eu senti na conversa amiga que soube o que dizer,
Na simplicidade da sabedoria que me ensinou a viver.
Na palavra sincera que não poupa a verdade
E no silêncio oportuno que respeita a individualidade.
Teu amor eu sinto na prece que brota do coração
Que consagra tua família e por ela pede perdão.
Amor que brilha no olhar de uma alma cristalina
Que a face serena e cansada ainda ilumina.
Amo-te, mãe, em cada ruga que marca teu rosto de vida
Nos calos que deformaram tua trêmula mão vencida
Que derrama o café, mas não perde o dom de acariciar,
E nos lentos passos que se arrastam para servir e amar.
Lídia Sirena Vandresen
10.05.09
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