( de Wendell de Freitas)
Sinta os ventos...
Chamados sentimentos
Um poeta usa os dedos
Como se tocasse um piano,
Tenor de palavras, esculpidor de verbos
Criador das criações,
Cético das naturezas,
Afiador de razões,
Empregador de interjeições.
Filósofo sincero
Ser sem convicções
Ninguém põe em duvida
A incerteza das emoções
E a certeza da incerteza.
A ordem em qualquer seleção aleatória
De todas humanas trajetórias...
Ó sentimentos, ó anseios
Quantas duvidas eu tenho de ter?
Quantos sonhos?
Quantos amores?
Quantas vezes tenho de ouvir mentiras?...
Por que quero aceitá-las?
Se... Por que eu... pra que serve tudo isso?
Uma existência é em vão?
Estou mesmo sobre o chão?
Ou uma certeza, é ilusão?
Não sei, apenas penso e sinto.
Esse é o meu mais puro instinto
Que já comigo nasceu.