(...) E a gente se levantou. E nossas mãos, pela primeira vez, se agarraram uma a outra. Mal sabiam elas, que aquele toque seria familiar por muito tempo. Enquanto eu falava mais uma besteira, daquelas de fim de noite, você me puxa e eu, como um estilingue, vou parar no meio dos seus braços e a gente se beija, aquele primeiro beijo de tantos que – felizmente – viriam na sequência. Acho que, de alguma forma, o cosmos comemorava – Isso, garota, você fez tudo certinho. E, de repente, mais ninguém parecia caminhar pela rua, enquanto eu tinha certeza que meu coração, a partir daquele dia, estava ocupado. Você me olha nos olhos, afasta meu cabelo do rosto e solta um: Não consegui resistir. E eu, dando início àquele que seria nosso segundo beijo, só conseguia pensar: Resistir, para quê? Jaque Barbosa