O TEMPO DO TEMPO Antes que seja tarde Hoje acordei com gosto de sentir a vida. Um gosto de querer celebrar a vida.. Desenrolar as ideias. Brindar as parcerias E as saudar euforicamente. Acordei com um gosto De querer ter tempo pro tempo. Dar tempo ao tempo. Esticar esse tempo. Curtir o prazer de viver. Permitir a vida. Saboreando a felicidade desse gosto.. Descobrindo a supremacia desse tempo, Senhor de todas as horas . Ele não perdoa. Surge... Limita. Acordei com a vontade do paparico... O gosto da adulação. Da ternura. Da conspiração de vida. O gosto da desatenção havia sido transmutado. Urgia uma percepção pro final tempo. Para o aproveitamento do tempo. Para permitir indagações. E quem não gosta de ser adulado? Receber atenção especial? Quem prefere espontaneamente A solidão a uma boa companhia? Queremos sempre uma para todo o sempre, Independente de quanto seja este sempre. Essa cronologia louca tem feito muita besteira. Há uma guerra para não se ficar sozinho. As pessoas se amam hoje, Se encontraram ontem E entram em crise amanhã. Há uma corrida para a alma gêmea E se entregam no primeiro Par de olhos que piscam. É preciso ter tempo para o tempo Nos mostrar o que somos. É preciso reconhecimento, Pesquisa para que haja Entrega no tempo certo. Hoje saboreei o tempo da minha vida. Era um gosto muito mais ameno Do que havia percebido. Tinha um sabor doce, Terno e confiante. O tempo de possibilidades... Um despertar de rumos. Uma retomada no tempo Como um aliado. Um sorrir pra vida... Uma descoberta do gosto pela vida. Uma vida que seja verdadeiramente Infinita no meu tempo.