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Entenda a história e os comandos da quadrilha

Da Redação









Maki Hata / UOL



"Olha a cobra! É mentira! Balancê!". A quadrilha é uma das coisas mais tradicionais das festas juninas. Tradicional mesmo: a dança foi inventada por volta dos séculos 13 e 14, na Inglaterra.

Entre os ingleses, a quadrilha era um costume popular. No entanto, a França importou a dança e transformou-a numa coisa nobre, praticada apenas dentro dos muros dos palácios. Logo, ela tornou-se um costume de toda a nobreza européia.

E foram os nobres portugueses que trouxeram a quadrilha para o Brasil. Aqui, ela acabou voltando às suas origens populares. Hoje em dia, cada região possui seu próprio tipo de quadrilha. Em Minas e em São Paulo, dança-se a quadrilha caipira. Na região central do país, o comum é o saruê. No Nordeste, o forró e o baião dominam a cena.

Hoje em dia, a quadrilha mais comum é aquela que encena um casamento na roça, com noivos, padres e convidados. Ela é dançada em pares. Um marcador orienta os casais, dando os comandos. Veja o que cada um deles significa:

Balancê - significa balançar o corpo no ritmo da música, sem sair do lugar.

Anavan - quer dizer ir em frente; caminhar agitando os braços para cima.

Returnê - é o comando para retornar aos lugares, depois de um determinado passo.

Tur - é uma volta que o casal dá junto, pela direita.

Cumprimento às damas - dançando, os cavalheiros vão até as damas e fazem uma reverência.

Cumprimento aos cavalheiros - as damas vão até os cavalheiros e os cumprimentam, abaixando-se e segurando os vestidos pelas pontas.

Damas e cavalheiros, atenção para a troca - este comando significa que as damas devem ir para o centro e os cavalheiros, para o lado de fora do círculo (ou vice-versa).

Passeio na roça - é o ato de ficar passeando em círculos.

Trocar de dama - os cavalheiros dão um passo à frente, pegando a dama seguinte. Repete-se o passo até que se volte ao par inicial.

Trocar de cavalheiro - é como trocar de dama, só que quem anda são as meninas, não os meninos.

Túnel - os pares formam uma fila. Damas e cavalheiros ficam de frente um para o outro, segurando as mãos, no alto, formando um túnel. O último casal da fila passa por dentro do túnel. Um a um, todos os pares devem fazer o mesmo.

Caminho da roça - damas e cavalheiros formam uma fila indiana, e caminham, dançando.

Olha a cobra - todo mundo deve pular, para evitar o perigo da cobra. No pulo, os pares giram no ar, e voltam a caminhar no sentido contrário ao que estavam indo. Quem comanda costuma dizer "é mentira!", e então todos dão outro pulo, girando, e voltam a caminhar no sentido inicial.

Olha a chuva - damas e cavalheiros devem colocar as mãos sobre a cabeça, para se proteger da chuva. Quando o marcador diz "é mentira", eles podem abaixar as mãos.

Caracol - todos formam uma fila indiana e começam a enrolar a fileira, no sentido do centro da roda, como um caracol. Quando o marcador diz "desviar", o caracol começa a rodar ao contrário, para se desfazer.

Grande roda - é quando damas e cavalheiros formam uma grande roda, de mãos dadas. Ao comando, as damas podem ter que ir ao centro, depois os cavalheiros, e assim por diante.

Coroar damas - os cavalheiros erguem os braços sobre as cabeças das damas.

Coroar cavalheiros - as damas erguem os braços sobre as cabeças dos cavalheiros.

Despedida - os pares saem da pista de dança, acenando para o público, às vezes, em passo de galope.





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