Cubro-me com todos os panos...
As vezes rendas, algodões e cetins.
Cubro meus sentimentos
Profundos, doce lágrima enfim
Olho-me no espelho... Estou à sombra,
a margem desse arlequim.
Olho, sem fitar, não deixo transparecer
o que vem da Alma, preciso camuflar
Hoje é dia de alegria!
Alargo meu sorriso e dou cambalhotas
Externo tudo que meu embrulho diz
Alegrias, sorrisos e tem até pirulitos
A essência explode!
Meu lápis derrama e uma gota brilhante
Escorre pela face desse arlequim
Formando um novo desenho...
Dispo-me de todos os panos...
Jogo ao alto, rendas, sedas e cetins...
Me visto de pele sensível que chora...
Que ama e sorri...
Tiro a máscara...
Desnudo o Palhaço que a vida
Quis assim!
Sou a força oculta na fragilidade
Aparente de uma mulher.
Ge Fazio
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