Nasce lentamente,
Um ponto no azul,
Cresce devagar, já se faz
noite,
Assopra o vento inquieto,
Entre as cristas se
ajeita,
Sem desviar sua atenção,
Firmando o traçado,
Mantém a direção,
Na escalada do caminho,
Abre seus braços,
E abraça sem limites,
Prateando as ondas,
Atinge o lugar mais alto,
Sem alterar seu clarão.
Na superfície, abajur,
Fere o leito profundo,
Sobre tudo lá está,
Reina livre, intocável,
Dominante em cada ciclo,
Uma lenda, um mito.
Uma forma, o astro
arrasta,
Sozinha não basta
brilhar.
Acima estrelas o infinito
ornar.
Abaixo estrelas do mar.