- Onde ides senhor
- Vou meu menino para as terras do alvor
- Não vá senhor que o caminho é de medo
Carrascos e feiticeiros partiram mais cedo
- Tenho de ir O tempo não é meu
- Menino Retoma o caminho e vai para casa
O tempo é um espinho que prende a asa
- Senhor asas não tenho e o destino me deixou
Estou só no caminho a maldição os levou
- Menino tenho de ir Teu tempo não é meu
- Senhor Olhai para trás um vulto vos segue
- Não olheis, menino, a maldição te persegue
Foge e vai esconder-te debaixo daquelas telhas
Foi ali que sacrifiquei as últimas ovelhas
- Vai menino que o teu tempo ainda não é meu
Ninguém foge ao destino que o destino sou eu
E o pobre menino teve sorte e cresceu
Até que o destino à sua porta bateu
- De onde vindes senhor
- Venho velho senhor das terras do alvor…
Meco, 09-06-2012 23:47:48
POR TERRAS DO ALVOR...
Rogério Martins Simões