A liga, suave tecido do mar,
estende-se em fios de prata e luar,
o barco dança, leve, a sussurrar,
como luzes que brilham, sem parar.
Segue-me o vento, guia sem pressa,
nas águas que o tempo não apressa,
Deus vos sonda, mão que intercede,
nesse abraço onde o céu concede.
Deriva a alma, num fluxo contÃnuo,
em cada onda, um sonho minúscuo,
que a jornada seja de caminhos floridos,
nos passos que o destino tem medido.
Neste ensejo, o horizonte se abre,
e o coração, em silêncio, se sabre,
a liga, o barco, a luz que não cessa,
na viagem infinita que a vida expressa.