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Quanto tempo?
O tempo da ausência.
O tempo do vazio no peito.
O tempo do tédio.
O tempo da tristeza.
Brotar novamente no peito.
Quanto tempo?
O tempo de criar em nós alguns devaneios,
deixar brotar sentimentos que jamais deixaremos
de mostrar, quer sejam sentimentos por um simples gesto.
O tempo de retornar ao passado.
Quanto tempo?
O tempo de nos fazer sentir ser tocado sem ser tocado.
O tempo de sentir o gosto de um beijo sem ser beijado.
O tempo de lembrar das palavras ditas ao léu. Sem se perceber a
profundidade de seu alcance.
Quanto tempo?
O tempo suficiente para ousar, conhecer.
O tempo de contemplar.
O tempo de sentir a meiguice dos gestos. Gestos de frágil.
Quanto tempo?
O tempo da saudade brotar em nosso peito, quase
perdido...
Volte.
Quanto tempo?
* José Eduardo Delgado *
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