impossiveissonhos:
Toda mulher carrega a síndrome de Walt Disney.
Até as mais modernas e cosmopolitas têm o
sonho secreto de encontrar um príncipe encantado.
Como não existe um Antonio Banderas para todas,
nos conformamos com analistas de sistemas,
gerentes de marketing, jornalistas, professores,
engenheiros mecânicos. Ou mecânicos de oficina
mesmo, a situação não anda fácil. Serão eles
desprezíveis? Que nada. São gentis, nos ajudam
com as crianças, dão um duro danado no trabalho
e têm o maior prazer em nos levar para jantar.
São príncipes à sua maneira, e nós, Cinderelas
improvisadas, dizemos sim! Queremos ser resgatadas
da torre do castelo. Queremos que o nosso
pretendente enfrente dragões, bruxas, lobos
selvagens. Queremos que ele sofra que vare
a noite atrás de nós, que faça tudo o que o
José Mayer, o Marcelo Novaes e o Rodrigo
Santoro fazem nas novelas Queremos ouvir
“eu te amo” só no último capítulo, de preferência
num saguão de aeroporto, quando ele chegará
a tempo de nos impedir de embarcar. O amor
na vida real, no entanto, é bem menos arrebatador.
Sim, sabemos que a vida real não combina com cenas hollyw
oodianas. Sabemos que há apenas meia dúzia
de castelos no mundo, quase todos abertos à
visitação de turistas. Sabemos que os príncipes,
hoje, andam meio carecas, usam óculos e cultivam
uma barriguinha de chopp. Não são
→.●๋♫ کØl✿ڿڰۣ— ♫●.←
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