Insonia
Rosa Clement, 2001
Há um silêncio medido
que decresce, interrompido
por uma chuva noturna e grossa.
Há pneus passando
logo em frente desta porta.
São chiados transitórios de trânsito,
que cortam em partes esta noite.
Há uma memória de beija-flor
visto pela tarde
conectando inquietos pensamentos.
Há sementes de girassóis,
para eu plantar, só para te contar.
Há orquideas esquecidas nos xaxins
bebendo águas em gotas.
Há uma rua tão calada,
cães que agora não ladram,
televisões desligadas.
Há uma mulher sem sono
em cama macia e quente
e há um amor ausente...
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