Meu espelho, sem reflexo
Minha máscara, sem rosto
Minha vida sem sal e sem gosto
E meu gosto inerte, perplexo
Sem razão e sem nexo
Variadas suposições
Em váriáveis condições
Cabíveis a mim
Perpetuam-me simples assim
Mas já não tenho espelho
Nem máscara que me sirva mais
Por isso agora procuro um cais
Seguro, porém longe de qualquer conselho
Não quero mais reflexo
Nem máscara, só rosto
Quero vida, temperada à gosto
Gosto forte e complexo
Ainda que sem razão e sem nexo.
-Thiago Martins -
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