FEBRE
Penso que daqui a um segundo
Estarei renovada!
Criança rabiscando a vida,
Costurando bolas de meia e bonecas de pano.
E se vai mais um anjo galopando o tempo urgente das mesmas coisas.
Insinua-se nas veias feito veneno querendo me fazer rever
O contrário do ser inanimado em cada homem que me sorri,
O mesmo riso hipócrita dos se julgam tanto.
Quero um pouso!
Encostar meu ouvido naquela estrela e ouvir sua canção mais
Silenciosa, porque é de dentro dos silêncios que garimpo
Minha essência, minha espada dura de aço e sangue petrificado
Espanta um instante promiscuo de engano e volúpia em que me debruço
Sobre um corpo e deixo verter minha alma sem ser percebida como
A mulher que sou em tantas que nunca foram porque não puderam ser!
Mas eu sou!
Claudia Morett
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