Vácuo perdido vazio tristonho
Preenchido por sonho abstrato retrato
De um semblante rijo, vago, tristonho.
Que é a morte da vida e a vida de um sonho.
Sua face lívida entre meu poema
E minha realidade
Tua ausência é uma fatalidade
Ou uma conspiração?
Tua essência é minha liberdade
Ou minha escravidão?
Onde adormeceu teu sonho?
Em que nuvem brinca de ser meu?
Porque me entrego assim e não me imponho
E vivo sempre as margens
Da vida que corre na terra,
Das almas que vagam no céu?


Claudia Morett

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