PEDEM CAMINHOS…
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Pedem caminhos os atónitos deste tempo,
Como âncoras alojadas no fundo do mar…
Reiteram que o tempo caminha para mudar,
Desinteressados do jeito ambíguo de ajudar,
Prestam auxílio que no rosto mata o momento.
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Pedem caminhos os insólitos desta mensagem,
Preservam a vontade que afasta a ilusão…
Esperam que o tempo apenas lhes dê razão,
Numa azáfama que respira a desilusão,
Em lembrança supérflua que viaja em imagem.
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Pedem caminhos os desalojados de ambição,
Como pedras roladas em travos de sabor…
Que regressam ao mar em ondas de calor,
Despertam dos sonhos que perdem com amor,
A coragem que move os homens reféns da paixão.
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JOSÉ MIGUEL ARAÚJO
(Professor de Geografia)
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