AO VENTO
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A noite vem chegando meu amor,
Canta-me baixinha tua canção...
E os meus ouvidos em solidão,
Deixa-os embriagar ao seu primor...
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Cantas minh´alma à seu esplendor,
Deixa que pulse o meu coração...
E no meu ilusivo à devassidão,
Canta-me baixinha a minha dor...
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Há gargalhadas que não são sorrir,
Há ventos que não são cantigas
E há lágrimas que não são chorar...
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A minha dor na noite, se passa a rir
Em cantos inquietos, que antigas,
Fora os dias por o meu amor cantar...
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Poeta Dolandmay Walter
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