“Apenas eu...”
Apenas eu conheço meus arroubos absurdos
E a incoerência, tento domar inutilmente.
Apenas eu sei o que movimenta meus surtos
E a causa desta insônia austera, indolente...
Apenas eu conheço os espectros desta cadeia
Que acorrenta meu caminhar embaraçado
Apenas eu sei da sofreguidão que permeia
Quando me olha, feito um passante desavisado...
Apenas eu sei adequar esta história cálida
Ao meu universo, ornamentando os tapumes.
Apenas eu sobrevivo a esta amabilidade pálida
Sustentando com altivez, meu orgulho incólume...
Somente eu sei ser festa em todos os teus momentos.
Ainda que insensível, eleja o som de outros ventos...
Glória Salles
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