A Fome
Seu olhar triste, vazio,
Denota-me crise fisiológica.
Percebo enorme fome
Junto à pura honestidade.
Melhor que furtar, é ser inóspito.
A alma simples dolorida.
Quem furta talvez lhe doe
Um pedaço de comida.
De quem a culpa ou não há?
Vivente tão desolado,
Se amou, se foi amado...
Mas hoje é dia difícil.
Nem nuvens restam no céu
Oh! Deus! Que luta insalubre!
Que meu sentimento farte
Que nutra amizade.
Sou sentimental a ponto
De ter fome de dever.
Que minhas lágrimas consigam
Matar a sede do mundo.
E os meus versos amorteçam
Vossos músculos abatidos.
Que chegue o dia em que
Comamos todos iguais,
Em banquetes ou em casa,
Sem amarguras de agora
E que a fome vá embora.
João de Moura Leal
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*||=●●•٠·Sonia Guedes·٠•●●=||*
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