ABRAÇO
Chegou como aragem mansa em manhã de primavera...
Era a mais doce quimera a mais intensa esperança,
A desejada bonança que um homem quer e espera.
No rosto, abria um sorriso, um semblante angelical,
Um mundo pleno e total.
Era o próprio paraíso!
Nunca senti nada igual.
Nos seus olhos cor de mel trazia a luz que irradia
lindo toque de magia, universo de esplendor
Que eu sempre quis um dia. Seus braços aconchegantes
Eram buquê de carinho, o afago de um ninho,
A ternura de amante, o perfume do jasmim,
Emoção mais fascinante que senti dentro de mim.
E, assim, bem de mansinho, nossos braços se enroscaram. E ficamos bem juntinhos
Atados como num laço...
Então eu pude sentir minha razão de existir
Nesse terno e doce abraço. Uma longa despedida e se foi
Pro outro lado da vida.
AUTOR
Antonio Manoel Abreu Sardenberg