Para piorar as coisas, enquanto um carro com qualquer probleminha "mais interessante" pode ser empurrado para um local mais cômodo ou seguro para, então, ser reparado; as máquinas vitimas de sapato murcho ficam ainda mais pesadas e, sob o risco de estragar de vez o pneu vazio, devem ser movidas o mínimo possível. E você já reparou, leitor, como pneu só fura em lugar estranho – para não dizer, horrível?
Certo, você adivinhou. O autor de sua Rebimboca passou recentemente por uma dessas experiências. Para complicar, a rua era daquelas típicas da Zona Sul, estreita, com os meios-fios totalmente preenchidos por outros carros estacionados, fradinhos e entradas de garagem estreitas e guardadas por porteiros mal-humorados. A salvação foi a calçada em frente a um restaurante, que em horário de pouco movimento, ainda não havia colocado suas mesas e cadeiras sobre o cimento.
O resto da história, todos conhecem: macaco levemente engraxado, roda suja, pneu sujo, chão sujo, mãos sujas, suor – e a testa suja pela mão suja que tentou conter o suor. Só não foi pior porque no porta-malas há sempre um estepe calibrado, chave de roda e um pedaço de cano de alumínio que nela se encaixa para diminuir o esforço. Menos de 10 minutos depois já estávamos em marcha;
Isso e mais um atraso para um compromisso (foi preciso parar e trocar de roupa) e o tema para estas letras que aqui estão.
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