
Alta noite, lua quieta,
muros frios, praia rasa.
Andar, andar, que um poeta
não necessita de casa.
Acaba-se a última porta.
O resto é o chão do abandono.
Um poeta, na noite morta,
não necessita de sono.
Andar... Perder o seu passo
na noite, também perdida.
Um poeta, à mercê do espaço,
nem necessita de vida.
Andar... - enquanto consente
Deus que seja a noite andada.
Porque o poeta, indiferente,
anda por andar - somente.
Não necessita de nada.
Cecília Meireles
Direitos Autorais protegidos
pela Lei 9.610 de 19/02/98.


ANTOLOGIAS DAS QUAIS PARTICIPO

Participe de minha Comunidade
NADA EM NOSSA VIDA É POR ACASO
já com 107.480 membros.
CLIQUE AQUI

Se você gosta de escrever
o que sente participe da Comunidade
GOSTO DE ESCREVER O QUE SINTO
já com 41.890 membros.
CLIQUE AQUI!

C L I Q U E NA FADINHA
REVISTA DE POESIAS


VOCE QUER SER CAPA DE REVISTA?
ENTRE NESTES DOIS SITE ONDE FIZ
AS MINHAS E FAÇA AS SUAS!
http://www.semfrescura.net/capas/
http://www.magmypic.com/

Música: Matt Monroe
From Russia With Love