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UM POUCO DE RUBEM ALVES




"A alma é uma borboleta...
há um instante em que uma voz nos diz que chegou
o momento de uma grande metamorfose..."




Toda separação é triste.
Ela guarda memória de tempos felizes
(ou de tempos que poderiam ter sido felizes....)
e nela mora a saudade.




"Aquilo que está escrito no coração
não necessita de agendas
porque a gente não esquece.
O que a memória ama fica eterno."




"Não havíamos marcado hora, não havíamos
marcado lugar. E, na infinita possibilidade de
lugares, na infinita possibilidade de tempos,
nossos tempos e nossos lugares coincidiram.
E deu-se o encontro."




"Há prazeres que moram no tempo da espera."




"Amar é ter um pássaro pousado no dedo.
Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe
que, a qualquer momento, ele pode voar”




"O ciúme é aquela dor que dá quando percebemos
que a pessoa amada pode ser feliz sem a gente."




"A vida não pode ser economizada para
amanhã. Acontece sempre no presente."




"Quem sabe que o tempo está fugindo
descobre, subitamente, a beleza única
do momento que nunca mais será."




"Nós não vemos o que vemos, nós vemos
o que somos. Só vêem as belezas do mundo
aqueles que têm belezas dentro de si".




“Felicidade é discreta, silenciosa e frágil, como
a bolha de sabão. Vai-se muito rápido, mas
sempre se podem assoprar outras.”




"A saudade é a nossa alma dizendo
para onde ela quer voltar."




"A arte de pensar é a arte de fazer
perguntas inteligentes."





"Todo mundo gostaria de se mudar para um lugar
mágico. Mas são poucos os que têm coragem de tentar."





"Somos as coisas que moram dentro de nós.
Por isso, há pessoas tão bonitas, não pela cara,
mas pela exuberância de seu mundo interior."






"Quem é rico em sonhos não envelhece nunca.
Pode até ser que morra de repente.
Mas morrerá em pleno voo..."





"Eu quero desaprender para aprender de novo.
Raspar as tintas com que me pintaram.
Desencaixotar emoções, recuperar sentidos."





"Compreendi, então,
que a vida não é uma sonata que,
para realizar a sua beleza,
tem de ser tocada até o fim.
Dei-me conta, ao contrário,
de que a vida é um álbum de mini-sonatas.
Cada momento de beleza vivido e amado,
por efêmero que seja,
é uma experiência completa
que está destinada à eternidade.
Um único momento de beleza e amor
justifica a vida inteira."





"Mas é preciso escolher. Porque o tempo foge.
Não há tempo para tudo. Não poderei escutar
todas as músicas que desejo, não poderei ler
todos os livros que desejo, não poderei abraçar
todas as pessoas que desejo.
É necessário aprender a arte de “abrir mão”
– a fim de nos dedicarmos àquilo que é essencial."





"Sentia que o relógio chamava para o seu tempo,
Que era o tempo de todos aqueles fantasmas,
O tempo da vida que passou…
Tenho saudades dele.
Por sua tranqüila honestidade,
Repetindo sempre, incansável, "tempus fugit".
Ainda comprarei um outro que diga a mesma coisa.
Relógio que não se pareça com este meu, no meu pulso,
Que marca a hora sem dizer nada,
Que não tem histórias para contar.
Meu relógio só me diz uma coisa:
O quanto eu devo correr para não me atrasar…
Mas o relógio não desiste.
Continuará a nos chamar à sabedoria: "tempus fugit…"
Quem sabe que o tempo está fugindo descobre, subitamente,
a beleza única do momento que nunca mais será…"





"Um astrônomo examina as estrelas, tira fotografias,
estuda os seus caminhos e a sua vida. Vida, sim.
As estrelas, como nós, nascem e morrem!
Mas os poetas, diferentemente dos astrônomos,
ouvem as estrelas! Não são todos os que podem
ouvir as estrelas. Para ouvir as estrelas é preciso
tranquilidade. Os adultos, coitados, não podem
ouvir a voz das estrelas. Eles são seres perturbados,
agitados, não têm tempo, só ouvem barulhos
e os programas de televisão. Para ouvir a voz das
estrelas é preciso ser poeta ou… criança. "





"A palavra “solidão” faz pensar em tristeza. E é verdade.
Solidão é triste. Mas uma pitada de tristeza não é tão
ruim quanto se pensa. O que é realmente ruim é uma
coisa que acontece quando não estamos em solidão,
quando estamos no meio dos outros. Os outros exigem
de nós que estejamos sempre alegres. Por isso se fazem
tantas festas e se oferecem tantos churrascos no fim de
semana: para espantar a tristeza. O fim de semana é
ameaçador. O fim de semana é onde mora a possibilidade
de estar sozinhos. A solidão, a tristeza… Festas e churrascos
são rituais mágicos cujo objetivo é exorcizar a solidão. É só
a gente ficar silencioso e meditativo que uma pessoa bem
intencionada nos procura para saber o que está acontecendo.
Fernando Pessoa sabia o que estou dizendo. E colocou num
verso: “Oh! A suprema felicidade de não precisar de estar alegre!”
Um pouco de tristeza faz bem à alma. Ela fica mais bonita.
Alberto Caeiro, falando sobre a sua solidão, dizia que
“toda a paz da Natureza sem gente vem sentar-se ao meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr-de-sol quando esfria no fundo
da planície e se sente a noite entrada como uma borboleta
pela janela. Mas a minha tristeza é sossego porque é natural
e justa e é o que deve estar na alma…” A paz da natureza sem
gente! Pense nisso. Com gente, a natureza perde a paz.
O falatório nos rouba da comunhão com as montanhas,
com as árvores, com o pôr-de-sol…"


RUBEM ALVES

Direitos Autorais protegidos
pela Lei 9.610 de 19/02/98."


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