Amigo, foste e és, o amante dos amantes!
És todo o meu prazer, és todo o meu querer.
Hás de lembrar-te de minhas carícias incessantes,
Da doçura de meus beijos à luz do entardecer.
Amigo, foste e és, o amante dos amantes!
Ouvindo o marulhar, sentíamos inexplicável emoção!
E enquanto os pássaros na varanda cantavam felizes,
Escrevias lindos versos que tocavam meu coração.
Dissemo-nos sorrindo as palavras mais audazes.
Ouvindo o marulhar, sentíamos inexplicável emoção!
Como era lindo o pôr-do-sol nestas tardes douradas!
Quão suave era a melodia que de longe se ouvia...
Eu me sentia dentre todas as mulheres mais amadas,
A que mais desejavas pois realizava toda tua fantasia.
Como era lindo o pôr-do-sol nestas tardes douradas!
A noite pingava estrelas em nós com muita ternura!
E o brilho da lua me refletia no fundo de tuas pupilas.
Teus lábios que eu sorvia eram de mel, pura doçura.
E dormiam tuas pernas em minhas mãos tranquilas.
A noite pingava estrelas em nós com muita ternura!
Saudade, a arte de evocar as horas mais ditosas!
E revivo meu passado imersa em meu cansaço.
Lembrando-me de nossas carícias voluptuosas,
Tuas mãos percorrendo-me em delicioso abraço.
Saudade, a arte de evocar as horas mais ditosas!
®Verluci Almeida
23/02/2006
(Releitura de A VARANDA, de Charles Baudelaire)
Direitos Autorais protegidos
pela Lei 9.610 de 19/02/98.
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