DIA CHUVOSO
Olhando a chuva, minh"alma é pura tristeza!
Uma cantilena que lembra antiga canção,
invade suave e devagarinho o meu coração.
A chuva tece na vidraça linda renda de Veneza.
Tua imagem se faz presente em mim, lentamente,
vejo além da janela teu sorriso lindo e tão amado.
As minhas mãos tristes tocam o vidro gelado,
nele buscando talvez o calor de tua mão ausente!
Mãos que tão suavemente me acariciavam...
Pernas que se entrelaçavam, me aprisionaram.
Olhos onde eu naufragava e me perdia em mim.
Relembro teus beijos que do chão me tiravam.
Teus braços que com sofreguidão me apertaram.
Saudade! Nunca houvera amor tão grande assim!
©Verluci Almeida
28/02/2006
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