“Aceitemos os fatos - eu te perdi por puro orgulho. Eu desisti da felicidade simplesmente porque essa minha droga de orgulho foi maior que a vontade de correr pros teus braços e dizer o quanto eu te amo. Eu te deixei ir embora tão fácil… E, bem, dessa vez a culpa é toda minha mesmo. A culpa é minha por não ter um pingo de coragem pra olhar nos teus olhos e dizer tudo que eu já deveria ter dito há muito tempo. A culpa é minha por ser tão impaciente e, ás vezes, fria. Mas pela primeira vez na vida, eu larguei essa minha mania de grandeza e tô pedindo desculpas por ser tão idiota, por ser tão imatura e por não dar valor a quem merece de verdade. Sabe, uma vez me disseram que eu ainda ia tropeçar nesse meu ego. Vejamos só - tropecei mesmo, e a dor da queda me tortura até hoje. A dor da tua ausência me consome a cada dia que passa. A sensação de andar no vazio é sufocante, e a sensação de culpa é mais sufocante ainda. Acho que foi por isso que decidi tentar concertar meus erros te escrevendo de novo. Só quero que tu volte mesmo; e, se por acaso tu resolver não me perdoar, rasga esse papel, esquece que eu te escrevi e não conta pra ninguém o quão fraca eu sou, tá bom? Esquece essa minha idiotice; o amor faz isso com as pessoas. Só quero mesmo que tu volte pra mim, e se por algum motivo tu achar que é tarde demais, esquece todos os erros que nós cometemos - que eu cometi - e vai viver tua vida com alguém melhor que eu. Mas por favor, só me perdoa.”