Esses dias estive refletindo sobre algo que me parece bastante relevante e que, acredito, ressoa em muitos de nós. Muitas vezes, somos levados a crer que nosso propósito de vida deve estar sempre ligado ao nosso trabalho, como se a nossa carreira fosse a única definição de quem somos. Em nossas vidas, jogamos inúmeros papéis: somos filhos, irmãos, amigos, amantes. Somos apaixonados por música, livros, esportes, ou artes, e tantas outras coisas que vão muito além da descrição do nosso cargo. Somos um mosaico de experiências, paixões, valores e amores. Nosso propósito de vida é algo profundamente pessoal e que vai além da nossa carreira. Ele se refere ao nosso "porquê", àquilo que nos move, nos inspira, nos faz levantar da cama todos os dias com um brilho nos olhos. E, embora seja maravilhoso quando nosso trabalho está alinhado com nosso propósito, isso nem sempre acontece. E tudo bem. Acredito fielmente que podemos encontrar significado e propósito fora do nosso ambiente de trabalho. Às vezes, nosso propósito de vida está em ser um bom pai, em ser um amigo presente, em fazer um voluntariado, em escrever um livro, ou mesmo em cultivar um jardim. Precisamos aprender a aliviar um pouco essa auto cobrança de encontrar o "trabalho dos sonhos". Não que não devemos procurar um trabalho que se alinhe com os nossos desejos, mas, sim, entender que o nosso propósito é algo muito maior. Ele vive em tudo aquilo que nós somos, em cada ação que realizamos, em cada sorriso que distribuímos. Então, que a gente lembre, volta e meia, que somos mais que nosso trabalho.