Quanto te custa a ânsia de pertencer? {...}
Buscar validação no comportamento de grupo é um assunto velho, mas ainda muito atual. Bastou a gente conviver em sociedade que começa a querer parecer, se pertencer. Pode ser pelas roupas, gírias, estilo de música, lugares que curtimos, coisas que consumimos, mas principalmente, pelos comportamentos.
E essa é minha provocação hoje: Será que qualquer comportamento vale a pena pra pertencer? Você já pensou o quanto certas atitudes podem te custar?
Eu tô perto de trintar, mais suave e consciente, mas já acompanhei muitos comportamentos pra fazer parte da galera. Hoje, vejo que os hábitos nocivos que a gente adota pra entrar no bando podem se tornar vícios muito rápido. Isso, se der tempo.
Um exemplo bem frequente, é o consumo de bebidas alcoólicas. A gente começa cedo, e antes que perceba, já tá bebendo pra qualquer tipo de reunião coletiva, do churrasco ao batizado de criança, passando pela dor de corno e até pelos rolês militantes. O álcool se tornou um demarcador central de celebrações e relaxamento na nossa comunidade, e nem sempre é isso que ele traz.
Quando comecei a estudar educação financeira, essa ficha caiu pra mim. Comecei a negar convites pra programas de cachaça, ou shows que eu teria que me endividar pra ir, porque eu tinha sonhos maiores. Eu não estava sendo arrogante nem me sentindo superior - como muitos disseram. Estava apenas fazendo escolhas, e largando a algumas coisas pra chegar onde eu quero. É como a vida funciona.
Sabe aquela pessoa que quer muito ser do rolê, curtir adoidado, viver tudo que há pra viver? Ela flerta o tempo todo com a possibilidade de perder o controle, e isso acaba igual para todos. A gente não pode esquecer que a corda tende a arrebentar em algum momento.
Se eu tomo a cervejinha? Tomo! De vez em quando me rendo a uma novidade da moda? Com certeza. Por isso esse texto não é uma palestrinha moralista, mas um convite à autopreservação.
Se você precisa se prejudicar pra pertencer, talvez essa não seja a sua galera.

Grana Preta