O Príncipe dos poemas e do amor.


Hoje meu coração parece uma casa com goteira
Aonde a chuva que cai, passa pela telha quebrada
Parece esta comparação, ser só tolice, uma asneira
Mas, é que da minha alma goteja a lágrima chorada

Lágrima de saudade, de dor, de agonia, de solidão
Que corre pela face cansada, em direção do coração
E ali, penetra pela pele, já enrrugada, que a absorve
E neste moto sem fim, permanece a dor que envolve

Só que em uma casa, eu posso a telha quebrada trocar
Mas com o meu coração, isto eu não posso vir a fazer
Pois, perderia toda lembrança deste meu triste querer
E este amor, tão querido, e sofredor, quero lembrar

Não que seja eu um massoquista, que goste de sofrer
Mas não encontro alguém que me faça esquecer o amor
Amor que perdi, mas não esqueci, e vivera até eu morrer
Mesmo que eu me afogue, neste mar de lágrimas e de dor

Ary Bueno