A escada
Era uma vez uma infindável escada
Tão imensa que poderia alcançar o céu,
E uma neblina densa disfarçada de véu
Parecia a lágrima da tristeza cravada.
Mas, eu subia feliz, degrau a degrau, orgulhoso,
Ostentando os meus sonhos e o meu eu também.
Subia feliz na certeza de ter e ser alguém.
Era o amanhecer da vida tão mágico e maravilhoso!
Os anos iam passando, os degraus se alongando
E os passos mais pesados, ao tocar cada um deles.
E a minha euforia e os sonhos, todos aqueles,
Cansados e rendidos pelo tempo foram sentando.
Agora sentado, o percurso abaixo contemplando:
O que foi feito do menino alegre que iniciou a subida?
Um ancião triste e exausto com a cabeça pendida,
Sem forças para galgar os degraus que estão faltando?
Sinto frio, aqui está escuro, meu amor,
Cadê a tua mão pra me puxar pra vida,
Onde está a alegria sempre mais empobrecida,
Morrendo*sem* graça, sem poesia e sem cor?
Josué Basílio Oliveira
21/04/09
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JOSUÉ... UM AMIGO DE PLANTÃO
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