Desespero da alma
Quero te buscar no tempo, mesmo em sonhos,
Talvez assim, engane a alma que te chama tanto,
Ou a mim mesmo, me enganar nas noites frias
Em que o sono engana a noite e se faz de pranto
Buscar momentos que o esquecimento deixou ficar,
Em mim guardados, como prova viva do meu querer
E te-los sempre, e sempre atento a não perde-los
E neles, te trazer bem perto, e assim poder viver
A vida me manda que me contente em te lembrar
Mas a alma, coitada, sempre carente quer te buscar
Mas no caminho em que foste morreram as marcas
E ela insiste, e grita como louca : Vou te encontrar
Meu pensamento, sem que eu peça, voando vai
Entre sonhos, entre dores e saudades te procurar
Até meu grito aflito, como louco, levado ao vento
Me volta em eco como se o grito fosse um lamento
José João
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