Volta e meia nesse último parágrafo, já abordamos uma outra questão bem importante e pouco falada atualmente, a nossa identidade. Algo que me assusta muito é a nossa falta de identidade. Se você chega e pergunta para um ser humano: Quem é você? Esse ser humano vai ficar enrolado sem saber o que dizer. Vai dizer: Eu sou um dentista! Bom, isso é que você faz. Se daqui a pouco você resolve deixar essa profissão e ir para outra, deixa de ser você? Ah, eu sou uma pessoa que mora em tal lugar, e se você mudar daÃ, você deixa de ser você? E digo isso com estudo de caso comprovado. O homem atual fica perplexo diante de uma simples pergunta como essa. Quem é você? Uma massa tão grande de pessoas sem identidade, sem nenhuma noção de quem realmente são. Assim como algumas pessoas me perguntam: Como eu acho o meu propósito? Se você é ser humano, então já o encontrou. E o propósito para nós humanos, é sairmos daqui mais humanos do que entramos. Com valores, virtudes, sabedoria. Ou seja, toda a nossa vida deveria ser direcionada para esse ponto. Somos feitos de pedaços de estrelas. Estamos ligados com a história do universo. A gente respira o ar que as plantas deixam a gente respirar. Essa conexão entre a flora e a fauna, que o planeta inteiro está respirando junto para que a gente possa existir. Isso para mim é uma relação espiritualizada com o mundo.
Mas diante de todas as coisas aqui retratadas, olhe para o mundo a sua volta. Ele o permite ser você? Ele exige que você se adapte demais a uma forma inatingÃvel de pessoa? Você se sente em débito com este mundo sempre que está do lado de fora de casa? O que merece ser alterado aà nessa sua relação com este mundo? Que tipo de ser humano você quer ter construÃdo em si mesmo? Qual é a sua obra pronta? O que você quer ver do lado de dentro? Quais as virtudes você quer ter adquirido? Que tipo de ser humano você quer ser? E olhando para trás, que rastro você quer ter deixado? Eu quero saber quando é que você vai assumir a sua grandeza e ocupar o seu lugar? Quando você vai se permitir ser aquilo tudo que você nasceu para ser?
A autenticidade é a casa onde repousa o sentido maior de existir. Se abrace, mergulhe em si. Penso que o abraço é uma metáfora que todos conseguem entender, de que a alma humana precisa. Eu sou uma ativista pela delicadeza humana e desejo que você possa insistir em si mesmo, assim como o tempo insiste em cada um de nós.
— .(Escrito dia 04/04/2025, às 08:49).