FUGIDA
Os dias de dormência se foram
Jardins abandonados ainda se deixam florir.
E o resto de mim é espalhado ao vento sulista.
Ainda selvagem meu sonho procura
A cura?A razão?
Tão submerso na loucura!
A menina não tem mais medo
Do grande e imenso vazio.
Saia de si mesmo...
Beba do momento urgente
Entre uma canção e uma prece.
Não afogue o sonhador
No aquário cheio de pássaros,
Nem de ouvidos ao som dos próprios passos.
E se tiver que se enfraquecer,
Torne a cinza da memória esquecida
Mas volte mais forte pra vida.
Há sempre um ganho pra toda perda.
E um segredo sob cada pedra.
Longínquo, distante, longe de hoje.
O tempo que me espalhou
Manteve-me voando,
A noite longa me manteve sonhando.
E eu continuo refém dessa historia sem fim,
Prisioneira de um poema,
Mas dona de mim!
Claudia Morett
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